[Você pode ler este texto ao som de I Don't Want To Be - Gavin DeGraw]
É comum de todos os relacionamentos projetarmos a pessoa ao nosso lado. Queremos que ela aja igual nos nossos pensamentos, que faça coisas a quais sonhamos, que ela realize todas as fantasias que criamos em nossas cabeças desde sempre, que goste e compartilhe das coisas e pensamentos que temos. Queremos que o outro seja um outro "eu". E quando ela não atende à maior parte de nossas expectativas, o que acontece? Ficamos decepcionados, desapontados, com raiva. Mas, quem somos nós para definir e moldar alguém, fazendo com que ela perca os próprios gostos e a própria identidade para nos satisfazer? Um tanto quanto egoísta, não?
Querer anular alguém deveria ser considerado o oitavo pecado capital. Nascemos separados, vivemos vidas separadas, tivemos criações diferentes e, assim sendo, não há possibilidade de possuirmos os mesmos gostos, mesmos interesses, mesmo pensamentos. Alguma coisa o outra até que combina, mas concordar em maioria, acho meio difícil. Cada qual tem sua essência e é importante entender isso. Às vezes, nós mesmo nos anulamos sem perceber deixando de fazer isso, aquilo, aquilo outro, aquilo lá e quando nos demos conta, acabamos por nos perder de nós mesmos.
Uma coisa é compartilhar algo e por nós mesmos acharmos interessante e procurarmos saber mais sobre aquilo que nos foi apresentado. Outra coisa é ser forçado a gostar de algo que não nos agrada em hora nenhuma. Abrir exceção é importante, mas isso não quer dizer que você deva abrir sempre. Quantas vezes se vê por aí relacionamentos - amorosos ou de amizade - indo por água abaixo porque o outro perdeu sua identidade para atender ao requisitos de quem se ama?
O ponto que eu quero expor aqui é que nós não precisamos nos anular e nem deixar de ser quem somos para agradar o outro. Ele nos conheceu do jeito que somos e gostou de quem conheceu. Não foi um(a) boneco(a) moldável que atende à todos os desejos e vontades, que compartilha da mesma linha de pensamento e dos mesmos sentimentos. Ser diferente um do outro é o que agrega valor aos relacionamentos, traz novas linhas de pensamentos, novos ares, novos caminhos, novas histórias. Somos peças diferentes de um quebra-cabeça com mais de sete bilhões de peças e nunca completaremos o jogo sendo iguais.
Ser quem somos é o que atrairá cada vez mais pessoas para nós. Afinal, nós nascemos e morreremos com nós mesmos. Passamos a vida conosco e não podemos nos decepcionar. Por isso eu aconselho: seja sempre você mesmo, os outros não podem reclamar por você ter sido sempre verdadeiro, com ele e com você mesmo.
A principal dica para um bom relacionamento é respeitar a individualidade do outro. Querer que o outro perca a sua identidade para agradar a si é um enorme egoísmo.
ResponderExcluirwww.alinefranca.com
Exatamente isso que eu quis expor Aline.
ResponderExcluirMuita gente acha que precisa fazer isso para agradar o outro, seja namorado(a) ou amigo(a).
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