quarta-feira, 30 de março de 2016

Quando não é "a" pessoa

[Você pode ler este texto ao som de: Let It Go - James Bay]

Vocês saíram algumas vezes. Comeram alguns japas ou hambúrgueres e partilharam alguns segredos entre uma mordida e outra. Arriscaram andar de mãos dadas no shopping quando foram ao cinema. Passou um tempo e você já não tinha mais aquela ansiedade de encontrar a pessoa. Só a encontra porque é melhor uma companhia no sábado à noite do que mais um final de semana no sofá, fazendo maratona de alguma série ou atualizando o catálogo de filmes na Netflix.

O melhor jeito de saber se você está saindo com alguém que gosta, é perceber se você fica com borboletas no estômago de ansiedade. Se não for o caso, você já sabe o que fazer. Mas então, a ansiedade ao caminhar para encontrar a pessoa, as mãos suadas, a boca seca e as borboletas no estômago sumiram? Tudo bem, talvez essa não seja a pessoa para você. E está tudo bem se você não retribuir ao sentimento. Ninguém é obrigado a gostar de ninguém da mesma forma.

Quando aquela pessoa chega, a única, a especial, a lagosta com quem você andará de mãos dadas o resto da sua vida, a the one, você está fica em estado constante de ansiedade. Pouco tempo com a pessoa é tempo nenhum e muito tempo com ela é pouco. E então você sabe que finalmente achou aquela pessoa para a vida. Enquanto isso não acontece, não fique se achando a pior pessoa do mundo. 

Se você perceber que os seus sintomas de paixonite sumiram, não fique dando esperanças à outra pessoa por medo de ficar sozinho. E se perceber que os sintomas da outra pessoa sumiram, não fique insistindo também. Existem bilhões de pessoas no mundo e várias delas podem corresponder ao que você tanto sonha. Afinal, o amor aparece onde, quando e por quem menos esperamos.