domingo, 21 de janeiro de 2018

A última lembrança

[Você pode ler este texto ao som de: Praying - Kesha]

Desculpe, mas foi o fim da linha. Da nossa linha. Não existe mais nada que me leve ou me lembre você. Você foi oficialmente substituído, mesmo nosso adeus já tendo acontecido. Tanto tempo que já não sei mais quanto tempo faz. 

Voltei em todos os lugares que fomos, porém fui com pessoas que me amam de verdade. Que não tiveram dúvidas sobre o amor que sentiam por mim. Seja esse amor romântico, fraternal ou só de amigos. Fui com pessoas que sempre estiveram aqui. Pessoas que aguentam minhas piadas extremamente sem graça. Pessoas que eu olho no fundo dos olhos e vejo admiração delas por mim.

Admiração por quem me tornei, por toda a força que mostrei, por ter me reconstruído pedacinho por pedacinho. Não sobrou uma migalha do quebrado de quando você foi embora. E não, se pensou que passei concreto por cima das rachaduras no meu coração e da minha alma, se enganou. Eu tenho muito orgulho de todas elas. E eu não tenho vergonha de as mostrar para que todos saibam que eu sou uma vencedora. Eu venci todo o inferno que você me fez passar.

E agora que você foi completamente substituído, eu agradeço por ter me quebrado tanto. Você fez com que eu me reconstruísse e me conhecesse melhor. E, principalmente, que eu sempre mereci muito mais do que você me ofereceu.

Você foi substituído para sempre e agora você se tornará somente um alguém que passou na minha vida e foi embora. Alguém que eu precisei conhecer para descobrir quem eu realmente sou. 

Espero que você encontre sua paz, assim como eu encontrei a minha dentro de mim mesma.


quarta-feira, 17 de maio de 2017

Sobre as memórias que ainda tenho de ti

[Você pode ler este texto ao som de: Love is Easy - McFly]


Outono sempre me traz um sentimento de nostalgia. Esse sentimento me faz lembrar de ti, de tudo aquilo que você representou para mim, de todo o riso fácil que dei ao teu lado. Me faz lembrar do teu cheiro, do teu sorriso e do teu carinho. Eu me pego pensando no amor que a gente viveu e como a gente achava que tudo seria muito fácil. Tão bonita essa coisa chamada de amor.


Quando o vento frio bate no meu cabelo, consigo lembrar de tudo como se fosse ontem. Essa época do ano me faz sentir nova e imatura de novo, eu caminho e penso que ainda sou aquela menininha que não tinha nem vinte anos ainda e que achava que sabia muita coisa da vida, mas na verdade não sabia nada. E a cada passo que dou, lembro de como foi importante ter tido você no meio do caminho.

Mesmo com o passar dos anos, a memória de você ainda é viva. Se tu pensa que morreu para mim quanto tudo acabou, se enganou. As memórias que tenho de ti ainda vivem dentro de mim. Elas tem um lugar especial no meu coração e são cercadas por sentimentos bons.

Queria ter te dito antes o quanto você foi especial para mim e o quanto aprendi contigo, mas nunca consegui te dizer isso. Só espero que mesmo após tanto tempo, você não tenha raiva e nem algum rancor de mim. Desejo para ti as melhores coisas da vida e que o amor, simples e leve como a gente achou que o nosso ia ser, bata na tua porta.


quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Existe vida após o amor

[Você pode ler este texto ao som de: Believe - Cher]

Quando um amor acaba, a gente pensa que chegou o fim do mundo. Sente tanta dor que acha que não vai aguentar. Revive as memórias umas novecentas vezes, olha as fotos, chora, xinga, enlouquece. E enfia na cabeça que aquilo não vai ter fim de jeito nenhum, que vamos ficar desse jeito para sempre. Mas não é assim.

A gente tem mania de acreditar que depois do fim de um amor, nossa vida acaba. Sendo que já sabemos que vamos superar, que vamos passar por cima da dor, nos reerguer e seguir em frente. Por mais difícil que seja, a gente sabe que essa é a verdade. Não é o final de um amor que vai derrubar a gente. A gente sofre quando acaba? Claro! Dizer adeus a todo o sentimento e planos que a gente tinha com alguém é sofrido demais. Mas a gente pega a dor e transforma ela em aprendizado pra ficar mais forte.

O segredo é ir deixando os dias passarem, deixar a vida acontecer, permitir que os sorrisos surjam com mais frequência, ir criando novas memórias e assim, quando pararmos pra pensar, ver que toda aquela dor que sentíamos no início já não incomoda mais tanto assim. A gente percebe que conseguiu. Que foi mais forte, que apesar dos machucados e cicatrizes, conseguiu levantar e seguir o rumo.

E não existe essa de "você tá enganada, eu nunca vou superar isso". A gente sempre supera. No livro O Pequeno Príncipe existe uma passagem bem legal que diz: "E quando te houveres consolado ( a gente sempre se consola), tu te sentirás contente por me teres conhecido". Por isso te digo com toda a certeza do mundo, e por experiência também: a dor passa, o buraco vazio some, a raiva vai embora e tudo fica muito mais fácil. É tudo uma questão de deixar o tempo passar, a vida seguir e saber que voltaremos a sorrir com leveza de novo. Pode demorar, mas vamos.