quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

O pior momento da minha vida

Nós sempre temos aqueles dias em que julgamos ser os piores de nossas vidas. Uma decepção amorosa, uma traição de uma pessoa que você tanto confiava, o afastamento daqueles que amamos. Eu, por exemplo, cansei de julgar 80% dos dias do ano como sendo os piores dias da minha vida. Mas hoje, a história mudou. 

O pior momento da minha vida não foi quando minha avó favorita morreu no meu aniversário ou quando eu descobri a falsidade das pessoas ou quando um ex namorado terminou comigo. O pior momento que hoje julgo como o pior dos piores, ocorreu em uma segunda a noite, distante de meu olhos e proteção. O dia em que entraram na minha casa e apontaram uma arma na cabeça da minha mãe. 

Eu estava com uma amiga em uma praça conversando, quando minha mãe me liga contando o que tinha acontecido. Com um pulo e o corpo gelado pela notícia, eu levantei e fui embora. Mas esse não foi o pior momento. O pior momento, eu achei que só existiria em minha cabeça, mas meu vizinho me entregou ele em mãos. Era a filmagem do assalto flagrado pela câmera da casa dele.

Se o fato de saber que alguém apontou a arma para a minha mãe já havia mexido com a minha raiva, ver a cena dele com a arma apontada para ela, mexeu com toda a estrutura emocional, física e psicológica que eu possuía. Eu era um nada. Um alguém que não estava presente no momento mais aterrorizante da pessoa mais importante da minha vida. Eu era apenas uma espectadora de uma cena fria. 

Foram quatro minutos da pior sensação de impotência que eu jamais pensei que iria sentir. Uma raiva incontrolável fervia em meu sangue. Uma vontade assassina de acabar com a vida desse sujeito que traumatizou a minha mãe por tempo indeterminado. Quatro minutos de filmagem que mais pareciam horas. Quatro minutos assistindo a vida da minha mãe nas mãos de um marginal. Quatro minutos que me atormentam e não me deixam dormir.

Não houve pior momento até a hora que assisti essa imagem. Não existe como reclamar de algo quando se vê a pessoa que te deu a vida, com a vida em jogo. A sensação irá demorar muito para sair de dentro de mim, mas não sairá por completo. Não existe momento ruim até ver a pessoa que você mais ama em risco.


sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Nós não somos ovelhas negras, somos exemplos

[Você pode ler este texto ao som de: Mother - Danzig]

Tatuagens, piercings, reprovações na escola, notas sempre na média, são inúmeros os motivos que levam as pessoas ao nosso redor de nos julgarem ovelhas negras da família, os rebeldes sem causa. Pessoas te olham de cima abaixo e te reprimem com o olhar e, às vezes, ainda soltam um comentário: "Olha para ele(a), deve matar os pais de vergonha. Eu não aceitaria um filho assim". Acreditem, eu já ouvi isso e para as pessoas que me olham torto que eu deixo aqui um recado.

Eu já fui chamada de péssima influência para meus irmãos mais novos por ter tatuagens, gostar de cerveja e não ir bem na escola/faculdade. Se isso é ser uma péssima influência, me desculpem, mas eu realmente não sei o que é ser boa influência. Realmente não sou boa com estudos, porque sempre dei mais importância ao meu trabalho, tanto que comecei com 17 anos. Minhas tatuagens não me afastam do meu caráter, não me tornam menos que ninguém e nem são motivo para ficar com vergonha. Muita gente não entende que tatuagem é uma forma de expressão e não algo para marginalizar alguém. E, com todo respeito, se ser quem eu sou te incomoda, por favor, se retire.

Ser quem você é, assusta tanto as pessoas que o único mecanismo de defesa que elas possuem, é te criticar e tentar te minimizar. Seja porque você é punk, rockeiro, funkeito, rapper, nerd, tatuado, cheio de piercing, com cabelo colorido, roupa rasgada ou apenas porque você pensa diferente dela. As pessoas perdem tempo demais julgando as outras por aparências e decisões que elas tomam, ao invés de ir atrás de ser feliz e cuidarem da sua vida. Ao invés de nos olhar com olhos tortos e nariz torcido, nos olhem como exemplo.

Nós somos o que queremos ser, sem barreira nenhuma. Corremos atrás do que sonhamos e somos felizes assim: sem pressão nenhuma de precisarmos nos afirmar perante os outros. Nós somos exemplo de pessoas que lutam por seus ideais, que não perdem tempo cuidando da vida dos outros, que tem orgulho de ser quem queremos ser, sem vergonha ou arrependimento. Nós não somos ovelhas negras de nossas famílias, somos aqueles que não tem medo de mostrar quem somos de verdade. Somos uma pessoa só, por dentro e por fora. E se acha ruim disso, deixe o julgamento para os juízes e se junte a nós. Nós te ensinaremos a ser você mesmo, sem se preocupar com os padrões impostos.


sábado, 22 de novembro de 2014

Deita aqui

[Você pode ler este texto ao som de: Chasing Cars - Snow Patrol]

Deita aqui do meu lado e esquece tudo. Esquece as contas para pagar, os problemas em casa e no trabalho, esquece qualquer coisa que tire sua atenção de nós dois. Deita que eu te faço um cafuné, um chocolate quente e até mesmo um sanduíche, que é para você continuar a não se preocupar com nada e curtir o sossego. 

Deita aqui e finge que não existe mundo lá fora. Finge que não tem política, economia, agropecuária e futebol para se atualizar, comentar e protestar. Deita e finge que no mundo só existe eu e você e que não é preciso mais ninguém para torná-lo perfeito.

Deita aqui e vamos ver filmes até cansar os olhos, jogar video-game até dar calos nas mãos e rir até os pulmões faltarem ar e a barriga doer. Vamos rir porque o mundo você e eu é bom demais, porque não importa as diferenças quando a companhia é boa e agradável.

Deita aqui e me beija até tirar meu fôlego, me envolve numa dessas cenas quentes que parecem mais de cinema, me deixe acabada de tanto prazer mas com vontade de mais uma dose.

Deita aqui comigo e limpa a mente, a alma, o coração. Esquece todo e qualquer sentimento ruim que ocupou seus pensamentos, jogue-os pela janela e fica aqui comigo. 

Pode ser por uma hora, um dia, uma semana. Mas deita aqui comigo. Deita e me deixa acrescentar e alegrar o seu mundo. Deita e deixa eu te mostrar que não existe companhia melhor que a minha para você.


sábado, 15 de novembro de 2014

Resquícios de você

[Você pode ler este texto ao som de Metade - Adriana Calcanhoto]

E eu ainda sinto sua presença aqui quando eu acordo. Mesmo após meses lavando a roupa de cama e trocando o colchão de lado, parece que o lado que você dormia ainda possui o seu calor e perfume. Eu olho para o seu lado da cama e me dá um aperto no peito. Por que é que você se foi mesmo? Não tinha café suficiente? Era por que eu queimava o misto quente na misteira? Eu fico tentando imaginar mais porquês além do que você me falou.

Meu chuveiro continua na temperatura ideal para você. Sabe o que é? Depois de tanto tempo, meu corpo se adaptou à sua temperatura. Às vezes, eu ainda coloco uma terceira toalha no banheiro e logo lembro que não há necessidade. Certos detalhes seus ainda não consegui afastar de mim.

Dia desses estava fazendo uma limpa nas minhas coisas e me deparei com uma foto sua. Nunca pensei que meu coração pudesse se apertar tanto. Confesso que não teria conseguido jogar a foto fora se não fosse alguém vir aqui e fazer isso por mim. Jogar fora o passado dói.

Confesso que até entendo o motivo de você ir embora, afinal a vida acontece agora e a sua tinha que acontecer do outro lado do mundo. Vejo suas fotos sorrindo e se divertindo e fico feliz, afinal foi o que te desejei quando você falou que ia embora, que fosse mais feliz que tudo. Dizem por aí que amor é isso: ficar feliz pela pessoa mesmo ela tendo escolhido ser feliz longe de você.

Chegará o dia em que eu não irei mais sentir sua presença, seu cheiro, voltarei com a temperatura normal para o meu chuveiro e os vestígios que você deixou irão desaparecer por completo. Mas tudo bem, porque por mais que tudo isso desapareça, ainda terei em meu coração um pouco do melhor sentimento que alguém poderia me proporcionar. 


terça-feira, 11 de novembro de 2014

Seriado em discussão: Gossip Girl

[Você pode ler este texto ao som de: Beautiful Girl - Sean Kingston]


"Good morning Upper East Siders". Acho que esse foi o bom dia mais irônico que ouvi em toda a minha vida. Em três meses comecei a assistir a série e esta semana acabei ela e, bem, não estou dividida em relação à série. Eu gostei MUITO de Gossip Girl. Entrar nesse mundo de ricos emocionalmente instáveis e manipuladores foi super divertido. Mas algumas coisas me incomodavam com relação a série. 

Eu achava que web revenge era uma coisa mais atual, mas pelo que pude ver, isso já acontecia há tempos. Nunca pensei que fosse achar o ditado "não acredite em tudo o que lê na internet" tão real. Só comprovou a teoria de que internet demais não faz bem para ninguém. Outra coisa que me incomodava muito era o excesso de ingenuidade dos personagens. Eu nunca pensei que fosse passar tanta raiva com as armações dos personagens principais. No início era super bacana e eu ria sem parar, mas depois de um tempo eu comecei a ficar incomodada com isso, porque eles simplesmente faziam o que estava na cabeça e não esperavam outras coisas acontecerem ou seja, passavam os carros na frente dos bois. E levavam um balde de água fria depois.

No mais, o que tornou a série ótima foram os personagens. Alguns eu acho dispensáveis, como por exemplo a Jenny. Sério, tudo o que eu mais queria era que ela saísse do seriado e nunca mais voltasse (e não é que ela me fez esse favor?). Mas sem mais delongas, vamos ao que interessa: minha visão de cada personagem. 

Serena Van Der Woodsen 


Blake Lively minha diva, musa, linda, maravilhosa. Mesmo amando a Blake e a Serena, como eu passei raiva com ela. Ela é a típica adolescente que não teve repreensão quando mais nova e acha que pode fazer o que quiser (e vai lá e faz mesmo) acho esse um ponto forte e fraco da personagem. Nunca vi uma personagem se apaixonar tão facilmente por qualquer pessoa que cative ela por segundos. Mas em compensação, ela é a que mais se importa com seus amigos, principalmente com a Blair. E a Serena olha para as pessoas como um igual, independente se tiver dinheiro ou não. Blake será sempre lembrada como nossa eterna It Girl, Serena Van Der Woodsen.

Blair Waldorf


Confesso: eu quis bater na Blair muitas vezes. Ela simplesmente não aceitava que as decisões que ela tomavam tinham efeito a longo prazo e, muitas das vezes, colocava a culpa na Serena por tudo dar errado. Tudo bem você querer ser uma mulher poderosa, mas não precisa ficar passando por cima de todos. A melhor versão da Blair, é a dela com Chuck. Como ela cresceu ao lado dele, mas nem percebeu isso. Obcecada por ascensão social e tramoias. Mas fazer o que? Quem não se divertia com a uma Blair nervosa gritando com suas assistentes e planejando alguma coisa. Blair é mais a alma do seriado do que Serena, só acho.

Chuck Bass


E eu achava no início de tudo que iria odiar para sempre o Chuck, mas não, não tem como odiar ele porque simplesmente ele é o Chuck Bass. De moleque imaturo, eternamente bêbado, drogado e viciado em prostitutas, ele se tornou um cara íntegro, apaixonado, que não mede esforços por quem ama, por seus amigos e para manter o nome do falecido pai. O que eu mais amei em Chuck, era a calma que ele tinha para conversar com as pessoas, falando em tom baixo sendo curto e grosso. Sofri junto quando ele estava destruído pela morte do pai, com seu tio tentando roubar seu hotel, com o fato de ele não conseguir dizer que amava a Blair, procurando sua mãe... Foram tantas situações que fizeram o Chuck amadurecer e se tornar paixão de muitas pessoas que amam quando ele diz "Eu sou Chuck Bass". Ícone!

Nate Archibald 


O Nate é lindo? É! É meio sonso? Também. No início da primeira temporada eu queria que o Nate morresse para sair do seriado porque não tinha paciência para ele. Todo aquele drama entre Serena e Blair, ficar amigo do Carter (e ser roubado pelo mesmo), brigar com o Chuck por causa da Blair, a vitimização com a história do pai e ainda se envolver com a Jenny (argh), foi demais pra mim. Mas depois o Nate cresceu, quis se desvencilhar das facilidades que possuía com a família e luta pelo The Spectator com unhas e dentes. Particularmente, eu não gostava dele, mas mais pro final da série eu comecei a ver suas qualidades e mudanças.

Dan Humphrey 


Sou do fã-clube do Dan assumidamente. Mesmo ele tendo ido para o lado negro da força e se juntado com a péssima da Georgina. Ele é extremamente carismático, pensa no que vai fazer e nas consequências, tem um amor incondicional pelo pai e ainda é inteligente e escritor. Quando ele começou a namorar a Serena, eu queria que eles ficassem para sempre juntos. Mas como o ponto de vista e visão dele sobre o mundo era diferente das dos nosso amigos do UES, ele ficava meio por fora e era zoado por isso. Mas Dan conquistou seu espaço e todos torceram para ele ficar com a Serena, mesmo ele tendo escrito um livro em que a heroína era a Blair. A química com ele é tão evidente no seriado que não tem como não se contagiar. Mas o melhor do Dan é no último episódio do seriado. 

Vanessa Abrams 



Não gostei da presença da Vanessa em boa parte do seriado, ela sempre queria ferrar alguém que não gostava e acabava ferrando quem gostava junto. Algumas vezes a participação dela era importante para o Dan acordar pra vida, mas ela foi contagiada pelo ciúmes, inveja e tudo que houvesse de ruim. Quando ela juntou com a Juliet para acabar com a Serena, ali pra mim ela morreu no seriado. Mas quando ela saiu e deixou o livro do Dan para a publicação, foi perdoada por todos os pecados.

Enfim, Gossip Girl é divertido, engraçado, você trama junto com os personagens, sofre com eles, quer o melhor, quer matar quem os fez mal. Me envolvi com Gossip Girl e adorei ter feito parte desse mundo. Vou sentir saudades do "Where has she been? Serena. And who am I? That's a secret I'll never tell. You know you love me. XoXo, Gossip Girl", porque essa entrada é simplesmente viciante e gruda na cabeça.

Nota para o seriado: 9,5. Não dou 10 porque algumas tramas e coisas que aconteceram foram desnecessárias.

XoXo.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Resenha do livro "Extraordinário"

[Você pode ler este texto ao som de: Beautiful - Christina Aguilera]


Com esta frase você nem pode imaginar o que o livro irá te trazer. A história de August Pullman é um tanto quanto triste, mas são essas histórias com toque de superação que tendem a nos fazer pensar. 

Imagine que você nasceu com uma doença, a qual durante vários anos fez cirurgia atrás de cirurgia para melhorar seu aspecto e sua saúde e, por conta dessa doença, você não possa frequentar a escola e possua um rosto deformado, o qual muitas pessoas não estão acostumadas e se assustam por isso. Agora imagine você com 10 anos de idade passando por isso e enfrentando o medo de entrar na escola pela primeira vez em sua vida. É essa a história do livro.

Auggie (personagem principal) nasceu como uma doença que fez com que seu rosto ficasse deformado. Ele sabe que as pessoas olham para ele, falam sobre ele, o julgam por sua aparência, mas ele se torna mais forte que isso porque simplesmente aprendeu a ignorar. Então ele entra na escola, todos os professores, diretor e secretária o tratam bem, mas os alunos não. Todos tem medo de conversar com ele e pegar sua doença. Mas em meio à isso tudo, Auggie mostra que seu rosto não define quem ele é e mostra aos poucos para as pessoas que ele é um menino como qualquer outro: inteligente, engraçado, esforçado, brincalhão, leal e, acima de tudo, corajoso. 

O livro é uma delícia de ler. É uma leitura rápida de tanto que te deixa com vontade de ler mais. A história se desenrola em capítulos, cada capítulo é do ponto de vista de um personagem. Acho que isso que torna a história tão envolvente: saber como os outros veem Auggie, como encaram sua doença e a personalidade dele, isso torna um livro diferenciado. 

Com Auggie, você percebe que quem vê cara, não vê coração. Auggie vai mostrando ao longo do livro que é necessário largar alguns hábitos e estar disposto a enfrentar os problemas caso você queira alguma coisa, mas que tudo bem chorar de vez em quando. 

Nota para o livro: 10. Livro extremamente cativante, que te faz pensar no tamanho dos seus problemas com relação ao de outras pessoas. E mostra que toda história tem mais de dois lados.

"Grande é aquele cuja força conquista mais corações pela atração do próprio coração.”


domingo, 26 de outubro de 2014

Corra atrás do que deseja

[Você pode ler este texto ao som de:  Do It - Lenine]

Que as pessoas andam olhando mais para o próprio umbigo do que para os lados, sabemos que é verdade. Mas e quando isso é o necessário para abrirmos os nossos olhos e tomarmos um rumo na vida ou correr atrás do que queremos? É comum deixarmos de realizar algo que é de nossa grande vontade porque olhamos para as pessoas e tudo à nossa volta e ficarmos com medo do desconhecido. Não que isso seja um defeito, de forma alguma, o único defeito que se pode achar nisso é o de olhar somente o lado cômodo e reconsiderar se vale a pena sacrificar tudo. E com isso, acabamos adiando o que temos vontade de fazer.

É comum vermos pessoas que abdicaram de correr atrás dos seus sonhos, de ser quem gostariam de ser porque tiveram medo de abandonar tudo e ir atrás do que traria a real satisfação. Mas hoje em dia. isso tem sido discutido e posto à prova que não é necessário mesmo. Histórias de pessoas que largaram o "conforto" da vida urbana com casa e emprego certo, tem invadido a internet. São pessoas que tiveram a certeza que aquilo não era suficiente para elas e que não é assim que gostariam de viver. Estas são as pessoas que devem nos inspirar: pessoas que olharam para o próprio umbigo de uma maneira agradável, que queriam o bem para si mesmas sem afetar ninguém de forma negativa, deixando apenas inspiração e saudade. 

Ter medo de perder a estabilidade, de sair da zona de conforto e encarar o mundo sozinho é completamente normal, mas é um processo o qual todos precisamos passar para alcançar nossos sonhos. Confesso que eu morro de medo de tentar intercâmbio por achar que não consigo sobreviver longe da asa da minha mãe. E é aí que eu escrevo este texto, não só para você que está lendo, mas para mim também. Precisamos correr atrás do que queremos e deixar a segurança de lado. A única certeza que temos é a de que vamos morrer. E morrer com arrependimento do que poderíamos ter feito não vale a pena. 

Quando vermos alguém tomando uma decisão que parece ser egoísta devemos pensar que esta pessoa está indo atrás do que é melhor para ela. Afinal, antes de querer agradar alguém temos que agradar a nós mesmos primeiro. Inspire-se em quem arriscou tudo para ser feliz, em quem largou tudo para seguir um sonho. São essas as pessoas que devemos ouvir.

O que faz o coração bater mais forte? O que te faz sorrir só de pensar? O que traria total satisfação para você? O que tornaria sua vida mais doce? Qual é o seu maior sonho? Não deixe para realizar o que quer no fim da vida e nem adie seus sonhos por ninguém. A vida não espera você tomar uma atitude para passar. Vá atrás do que quer e seja feliz com isso. Antes morrer por saber o que poderia ter sido do que morrer com um "e se..." na cabeça. Boa sorte! 


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Nós aprendemos a amar todo dia

[Você pode ler este texto ao som de: Friday, I'm in love - The Cure]

Que todos nós carregamos em nossos peitos feridas abertas e cicatrizes de amores que passaram, no fundo temos aquela pontada de esperança de que um dia valerá a pena demonstrar todo o sentimento que guardamos em nós. O amor é um sentimento complicado, não há explicação para nada que acontece quando estamos acompanhados dele, não há maneiras suficientes de nos expressar e não há muitas formas de evitar o que ele pode nos trazes. Mas apesar dos pesares, não deixamos de amar hora nenhuma. Nem de aprender algo novo sobre este sentimento.

Ouço muito dizerem que os cachorros são os seres mais amorosos, carinhosos, calorosos e leais da face da terra, não é a toa que é denominado como o melhor amigo do homem. Com ele, aprendemos logo de cara o que é amor puro. E quem não sabe que o amor de mãe é incondicional? Ela te deu a vida  abriu mão de escolhas para te dar tudo que você precisa. Os amigos que estão com você naquele momento delicado, que te ajudam quando você precisa, nem preciso dizer que eles te amam, não é? Sabe aquele casal de velhinhos que você viu junto em uma praça? Eles podem estar juntos há 50 anos e te ensinam que é preciso renovar o amor todos os dias ou eles podem estar juntos há poucos dias e te ensinar que nunca é tarde para encontrar um amor.

Cada detalhe singelo contém um pouco do aprendizado sobre amor. Cada pessoa traz para nós algo a acrescentar no nosso aprendizado sobre este sentimento complexo. Não adianta ficar procurando todas as respostas para ser um expert no quesito amor. Até porque isso é meio impossível. Anteriormente, eu escrevi que devemos olhar a nossa volta e reparar nos detalhes simples. Nestes detalhes é possível encontrar uma lição diária sobre o amor. Cada lição diária nos fará olhar para dentro de nós mesmo e para dentro do outro com muito mais serenidade e carinho do que se ficarmos indignados com o que deixamos passar. 

Pegue cada lição e aprenda com ela. Não tenha pressa em encontrá-la, nem em vê-la. Somente o seu coração vai sentir que aprendeu algo. Quando seu peito se encher de alegria e você se sentir iluminado com algum gesto de carinho ou demonstração de amor que te fez feliz, mesmo que por um segundo, sua lição do dia estará aprendida. Afinal, é pra isso que estamos aqui: para aprender a amar os outros e a nós mesmos todos os dias.


terça-feira, 14 de outubro de 2014

Porque as diferenças também fazem parte

[Você pode ler este texto ao som de I Don't Want To Be - Gavin DeGraw]

É comum de todos os relacionamentos projetarmos a pessoa ao nosso lado. Queremos que ela aja igual nos nossos pensamentos, que faça coisas a quais sonhamos, que ela realize todas as fantasias que criamos em nossas cabeças desde sempre, que goste e compartilhe das coisas e pensamentos que temos. Queremos que o outro seja um outro "eu". E quando ela não atende à maior parte de nossas expectativas, o que acontece? Ficamos decepcionados, desapontados, com raiva. Mas, quem somos nós para definir e moldar alguém, fazendo com que ela perca os próprios gostos e a própria identidade para nos satisfazer? Um tanto quanto egoísta, não?

Querer anular alguém deveria ser considerado o oitavo pecado capital. Nascemos separados, vivemos vidas separadas, tivemos criações diferentes e, assim sendo, não há possibilidade de possuirmos os mesmos gostos, mesmos interesses, mesmo pensamentos. Alguma coisa o outra até que combina, mas concordar em maioria, acho meio difícil. Cada qual tem sua essência e é importante entender isso. Às vezes, nós mesmo nos anulamos sem perceber deixando de fazer isso, aquilo, aquilo outro, aquilo lá e quando nos demos conta, acabamos por nos perder de nós mesmos. 

Uma coisa é compartilhar algo e por nós mesmos acharmos interessante e procurarmos saber mais sobre aquilo que nos foi apresentado. Outra coisa é ser forçado a gostar de algo que não nos agrada em hora nenhuma. Abrir exceção é importante, mas isso não quer dizer que você deva abrir sempre. Quantas vezes se vê por aí relacionamentos - amorosos ou de amizade - indo por água abaixo porque o outro perdeu sua identidade para atender ao requisitos de quem se ama? 

O ponto que eu quero expor aqui é que nós não precisamos nos anular e nem deixar de ser quem somos para agradar o outro. Ele nos conheceu do jeito que somos e gostou de quem conheceu. Não foi um(a) boneco(a) moldável que atende à todos os desejos e vontades, que compartilha da mesma linha de pensamento e dos mesmos sentimentos. Ser diferente um do outro é o que agrega valor aos relacionamentos, traz novas linhas de pensamentos, novos ares, novos caminhos, novas histórias. Somos peças diferentes de um quebra-cabeça com mais de sete bilhões de peças e nunca completaremos o jogo sendo iguais.

Ser quem somos é o que atrairá cada vez mais pessoas para nós. Afinal, nós nascemos e morreremos com nós mesmos. Passamos a vida conosco e não podemos nos decepcionar. Por isso eu aconselho: seja sempre você mesmo, os outros não podem reclamar por você ter sido sempre verdadeiro, com ele e com você mesmo.


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

O que você perdeu hoje?

Vivemos na geração da correria, dos abraços automáticos, dos beijos rápidos e da falta de atenção dos detalhes que nos rodeiam. Ficamos tão focados em nossos problemas, horários, compromissos, smartphones, que não paramos para olhar as coisas simples que podem mudar nosso humor. Nos sentimentos que podemos viver, nas cores do mundo, nos sorrisos das pessoas.

Hoje, o tempo passa muito mais rápido do que imaginamos. Começamos o ano, fazemos planos, listas de desejos, metas e quando assustamos já é 31 de dezembro de novo e lá estamos nós com a mesma lista e sem nada acrescentado. Meu professor hoje passou uma tarefa para nós: escolher um ponto da faculdade e fazer um texto sobre o que observamos das pessoas que estavam onde nós escolhemos. Mas foi depois da aula que eu pude realmente praticar esse exercício quando torci para o rapaz pegar o telefone da moça que ele conheceu no ponto de ônibus. E ali eu vi algo bonito: duas pessoas interessadas uma na outra. Vai saber o que isso vai dar, nunca mais vou ver os dois, mas ver o interesse mútuo deles me inspirou a observar mais as coisas a minha volta.

Quantas vezes na pressa deixamos de ver aquele gesto gentil entre um neto e uma avó? Quantas vezes não vemos quando alguém dá algo de comer à alguém que passa fome e este agradece com toda a sinceridade? Quantas vezes deixamos de reparar naquele casal (novo ou de anos de casado) que estão se declarando um para o outro com olhos brilhando e sorrido incansável? Quantas vezes, por mais simples que este exemplo pareça, deixamos de ver a beleza de uma praça, um pôr-do-sol, uma flor? E do amor e lealdade de um cão pelo seu dono? E na gargalhada de uma criança, que é algo que nos faz sorrir facilmente? São coisas tão bobas que nem reparamos que fazem-nos sentir bem.

Há muito é martelado na nossa cabeça que são os momentos simples que fazem a nossa vida, que são eles que devem ser reparados e aproveitados e sim, esta vai ser sempre a verdade. Enquanto deixarmos a correria, a pressa e a frieza tomar conta do nosso dia-a-dia, continuaremos nos tornando pedras de gelo ambulantes e egoístas. O bem feito de uma pessoa para outra, não relacionada conosco, pode mudar a forma como vemos as coisas. 

Então aqui vai a minha dica: olha à sua volta sempre que puder. Não perca momentos interessantes porque alguém que você não conversa há anos colocou um status de relacionamento no facebook. Não deixe que a pressa e o mau humor continuem ofuscando seus olhos. Não perca mais um dia olhando somente para as coisas ruins ou boas que acontecem só pra você. Afinal, você já perdeu muita coisa boa hoje.


domingo, 28 de setembro de 2014

Às vezes o caminho mais difícil pode ser o melhor

[Você pode ler esse texto ao som de: Try - Pink]

"Não deu certo. Chega! Eu desisto.". Quantas vezes você já não pronunciou essas palavras tão pesadas? Desistir às vezes parece o caminho mais fácil para nos livrarmos de algum problema, de algum peso, de algo que nos perturba. Colocamos de lado força, tempo gasto, apoio que recebemos apenas por não termos obtido ainda o resultado que esperamos. 

Desistir nunca é uma escolha fácil, geralmente vem de uma série de decepções e desapontamento, com o nosso íntimo imensamente machucado e um desgaste que se alastra pelo corpo todo. Mas será que desistir é a melhor opção? Será que você chegou tão longe, fez tanta coisa por nada? Para simplesmente largar tudo de lado e achar uma solução mais simples para chegar no resultado que deseja?  O caminho mais fácil pode até trazer o resultado que queremos mais rápido, mas será que ele nos trará o que a dificuldade nos traria. 

O que quero dizer é: quando lutamos muito por algo, quando damos tudo de nós, a probabilidade de sermos felizes após a "batalha", o sentimento de realização, o orgulho que sentimos pelo nosso sucesso é maior do que a conquista do resultado final em si. Explico: a cada erro, decepção, problema, dor de cabeça, barreira superada, aprendemos algo para a construção do nosso ser. É nas dificuldades que moldamos o nosso caráter, a nossa personalidade, o ser humano que somos e os adultos que almejamos ser.

Quando optamos pelo caminho mais fácil, estamos olhando apenas para o que colheremos, olhamos só para o resultado final e esquecemos do processo que é preciso chegar lá. Ao cortarmos caminho, cortamos também qualquer possibilidade de crescimento interior. O mais fácil nem sempre nos ensina o que precisamos e nem nos dá o que queremos ou esperamos.

Por isso meu caro amigo leitor ou minha cara amiga leitora, quando algo que você quer tanto está muito difícil de ser conquistado, está levando mais tempo do que você imaginava, não desista. Pare um pouco e olhe os aprendizados que você está levando com você e as coisas boas que você está plantando. O caminho mais difícil é aquele que dá mais frutos, é aquele que nos ensina a enfrentar adversidades futuras. Se você chegou tão longe, não desista. A recompensa pode ser melhor do que você espera.


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Paraísos que você precisa conhecer: Polinésia Francesa

Olá pessoal. Mantendo a linha de um post que fiz sobre viagens, venho agora continuar falando sobre lugares que eu gostaria de conhecer. Lugares não, paraísos! 

Todos nós queremos ir um dia para lugares paradisíacos, com o menor número de pessoas e maior quantidade de beleza natural possível, então hoje, resolvi falar da Polinésia Francesa.

Situada no Pacífico, no territória da Polinésia mas dependente da França, a Polinésia Francesa é um conjunto de 5 arquipélagos, que contém ao todo 118 ilhas. Dentre estas ilhas estão as mais famosas como: Tahiti, Bora Bora, Moorea, Huahine, Taha'a e Manihi. 

Tahiti é a ilha mais importante da Polinésia Francesa, pois é a ilha onde fica a capital Papetee e o único aeroporto internacional.

O país vizinho mais próximo da Polinésia Francesa é a Nova Zelândia, que fica à 4 mil quilômetros. 

Segue agora uma série de fotos que te farão desejar conhecer este lugar maravilhoso.












terça-feira, 5 de agosto de 2014

Carta para mim mesma 10 atrás

Olá, euzinha com 12 anos. Se ao passar dos anos a ciência inventar a máquina do tempo, espero que esta carta chegue às suas mãos.

Gostaria de te dizer uma coisas. Coisas não muito agradáveis. Bom algumas são agradáveis, depende do ponto de vista que você olhar. Mas como você continua olhando meio torto pra tudo, só vai perceber depois.

Vamos ao principal: não, você não vai deixar de ser essa menina chorona que chora por tudo e todos em qualquer lugar. Você não vai controlar isso, e muito raramente vai controlar quando o choro acontece. Você chora em público mesmo, não liga pro que os outros vão achar. Você vai sentir como se você estivesse se quebrando por dentro, como se não tivesse mais salvação. Mas vai juntar caco por caco e se reconstruir. Vai precisar de meses/anos de terapia para se recuperar de tudo de ruim que te aconteceu.

Infinito é o número de decepções que você vai passar ao longo desses anos, em todos os setores da sua vida. Você vai brigar muito com sua mãe, seu pai, seu padrasto, sua irmã, sua melhor amiga, namorado(s) (sim, você vai namorar um dia). Você vai brigar com todo mundo, mas da mesma forma que briga, vai amar todos eles incondicionalmente e lutar pelo bem deles. E você vai brigar muito com conhecidos, colegas, supervisores. Você é brigona, viu?!

Você não estará cursando direito, você não vai querer ser juíza. Você vai achar tudo isso um saco e vai optar pela felicidade ao invés do bom salário. Hoje, estamos no segundo período de Publicidade e Propaganda. Mas você quer de todo jeito Letras com habilitação em alemão. Falando nisso, sua paixão pela Alemanha não é passageira. Prepare-se para torcer como louca na Copa de 2014 e achar a Bundesliga e a Champions League melhores que Campeonato Brasileiro e Libertadores. Você ainda será cruzeirense, mas seu coração vai bater muito forte quando um time vermelhinho chamado Bayern Munchen entrar em campo na Allianz Arena.

Você não vai virar alcoólatra, relaxe. Você apenas aprecia cervejas diferentes. Isso é normal. Por mais que tente, você não vai deixar de tomar nem que seja uma cervejinha no mês. Aliás, você tem uma coleção em casa. Falando em casa: meu Deus do céu! Seu guarda-roupa vai ficar horrível de tanto rabisco tosco que você insiste em dizer "que é a forma de me expressar". Louca. Sorte que a mamãe vai mandar fazer um quarto novo.

Sabe o quanto é chato ir no psicólogo? Você vai parar de achar chato e vai até procurar um por vontade própria (mas meio que forçada porque você vai passar por maus bocados) e vai curtir conhecer mais sobre o assunto já que a mãe formou em psicologia. Opa! Falei demais.

Seu número de amigos reais não é grande. Relaxa, a Vanessa ainda estará na nossa vida e é nossa melhor amiga. E você vai ficar muito feliz por ela. Você vai achar que tem muitas melhores amigas e vai perder todas. E aquelas amizades que você achava que não iriam vingar, vão vingar sim e ser mais fortes e duradouras do que você pensava.

Você está fazendo 4 anos de carteira assinada no seu emprego. Palmas para você! Mas você só vai conseguir isso quando pensar com clareza em onde quer estudar e não pensar muito na gora de mandar seu currículo. Falando em escola, você vai morrer de saudades do seu ensino médio.

Você será madrinha de um casamento, você verá sua amiga casar, o irmão da sua melhor amiga casar, verá algumas conhecidas com filhos e vai se achar velha demais. E só queria dizer: você vai pegar uns buquês que a noiva jogar. 2 pra ser mais exata. 

Prepare-se para grandes brigas com a Lud. Mamãe vai tremer toda quando ver você peitando sua irmã mais velha, mas isso é normal de todo irmão.

Você vai continuar amando demais as pessoas e esse vai ser eternamente sua qualidade/defeito. Se preocupar mais com elas do que com você mesma vai ser o que vai te destruir. Mas você vai superar isso. Não a parte de amar demais, isso não tem jeito, mas você vai se amar também. Vai aprender aos poucos. Só que você não vai deixar de ser sensível hora nenhuma.

Você vai insistir tanto em uma pessoa, vai lutar tanto, que no final vocês vão ficar juntos. Mas não vai ser fácil porque você e ele tem gênio forte e quando brigam, separa que vai ter morte. Mas você vai amar ele, mesmo quando for pra odiá-lo. E isso vai te fazer desenvolver uma paciência enorme com o próximo. Por isso, aproveite seus 6 meses pós seus dois (isso mesmo dois) ex namorados, porque quando ele chegar na sua vida, menina, o mundo vai se tornar outro.

Junte dinheiro pra ir pra Europa! Você consegue! Ninguém acredita que você consegue, mas você vai conseguir e vai ser feliz indo visitar a Vanessa em Bristol. Eita, antecipei seu sofrimento. Desculpe. Mas é verdade. Mas vocês vão fazer 14 anos de amizade, então nem precisa preocupar com esse trem de distância não. E ela vai continuar te respondendo ano sim, ano não. É o jeito dela, nunca vai mudar.

Não tenha medo dos estilos que você vai escolher, nem vergonha das suas roupas, nem do seu estilo musical, nem da sua casa, nem de nada. Agradeça muito a Deus por ter tudo o que você tem hoje. Sei que agora é o momento em que você vai se desligar da religião. Mas vai continuar tendo fé que Deus está sempre te iluminando. Falando em coisas religiosas: você vai morrer de saudade dos seus avós. Principalmente da vovó Sílvia (sua protetora), sua favorita. E quando você for almoçar no supermercado perto daqui de casa (ainda moramos no mesmo lugar), você vai chorar porque descobriu como a farofa dela poderia ser doce e salgada e a mamãe vai chorar junto. 

A mamãe vai ser a mulher que você mais admira, você não vai reconhecer isso agora, mas pode crer que ela vai estar lá por você 100%. Falando em família: você vai amar São Luís e seus irmãos mais novos. E você vai descobrir que o papai está ferrado porque a Rafaella lembra muito você nessa idade. Até sua madrasta vai te dizer isso.

Sinto dizer, mas você vai perder a capacidade e paciência com socialização. Você vai se fechar e vão ser necessárias 3 peneiras para as pessoas que querem ficar. E isso vai te machucar, mas vai ser o melhor pra você.

Enfim, Stéphanie com 12 anos, inocente, apaixonada, chorona, amorosa, brigona, emburrada, chata. Você vai passar por coisas muito chatas ao longo da vida, mas vai passar por coisas muito boas também. Você vai odiar viver, mas depois vai querer viver por um bom tempo. Não tenha medo de nada que venha a acontecer, tudo é para você se tornar quem você é hoje. Seja forte, mas seja você. Não se engane e nem se force demais (inevitável, você continua competindo consigo mesma). 

Você vai ser feliz, é só uma questão de terapia, tempo e controle emocional. Mas acho que você vai gostar de quem você é, é só querer. Seja feliz nesses 10 anos vivendo tudo o que eu já vivi, vai valer a pena.

Ps: não pare de ler. Porque futuramente suas professoras de português vão te odiar porque você não faz nada na aula, mas vão te elogiar por ter um dom tão incrível que é escrever. Porque só assim você vai conseguir se expressar de verdade. Estarei torcendo por você. Sorte aí em 2004. 

Ps2: Coopemig é a escola que você agradece por ter entrado e você deve suas conquistas profissionais ao Colégio Cotemig. Sem ele, você não estaria onde está hoje. Aproveite lá ao máximo.

Espero que você fique bem.

Forte abraço de você mesma com 22 anos, namorando há 14 meses (se contar desde o início 36 meses com esse atual), trabalhando há 4 anos com carteira assinada, quase 5 anos na mesma empresa, fazendo faculdade e com ótimos amigos. Você vai se orgulhar de si mesma, mesmo que se decepcione um pouco.



sábado, 2 de agosto de 2014

Um texto para corações endurecidos

Ei você, bonitona ou bonitão do coração de pedra. Você sempre foi assim ou foram as marcas do tempo que te fizeram mal? Você sempre teve esse iglu com uma família esquimó dentro de você ou antes eles eram típicos mineiros nas praias nordestinas? Vem cá, me conta o que te aconteceu pra você ficar assim.

Olha, eu não sou a pessoa mais doce do mundo, estou longe de ser até. Mas meu coração é molenga que só Jesus na causa. Eu sofro independente do número da platéia olhando, eu vibro de emoção em lugares em que se deve ter o mínimo de sossego, eu abraço qualquer pessoa que tenha necessidade de abraço, eu choro ao ver uma criança sozinha, um idoso trabalhando e até mesmo quando um morador de rua fica feliz por eu entregar algo para ele comer. Eu sou assim, sensível, manteiga derretida, coração frágil. Toda essa casca grossa por fora, essa pose de durona, pffff... Tudo cena para que não saibam que eu tenho um coração que se fragiliza facilmente. Mas hoje perdi o medo disso e se achar ruim faço um beiço maior ainda.

Não nasci para ser durona. Para fingir que nada me aconteceu, que tudo passa imperceptível, que eu não me importo. Eu me importo demais. E por isso criei um escudo, para evitar maiores desapontamentos. Mas fazer o que? É da minha personalidade me importar demais. "Você fica sentida com as coisas muito fácil" diz meu namorado. Eu fico mesmo. Qualquer coisa mínima que faça eu me sentir mal por dentro, vai me fazer ficar emburrada. Pra que eu vou fingir que não ligo quando na verdade estou me corroendo por dentro? Me diz.

Não seja desses que prendem o coração por ter sido tantas vezes machucado. Não tranque suas emoções dentro de você e finja que nada está acontecendo. Ninguém é adivinho e nunca saberá o que está realmente acontecendo se você não falar ou expor. Você sabia que quanto mais você guarda para si, mais prejudica o seu corpo? Já falei anteriormente sobre como o corpo não aguenta tantas cargas. E isso já foi comprovado cientificamente. Às vezes adoecemos pelo simples fato de guardamos o que sentimos. Fala sério! Guardar rancor ao invés de resolver de uma vez? Ficar livre de um sentimento ruim por puro orgulho? Ah para. Não se deixe vencer por isso.

Você que tem o coração duro, amargurado pelas decepções da vida, que foi machucado, pisoteado, estraçalhado, tenho só um conselho para você: pare de remoer mágoas, só vai te fazer mal. Experiência própria falando. Deixe o passado para trás, perdoe o que tiver que perdoar, esqueça o que puder esquecer, largue sua bagagem cheia de rancor em uma esquina qualquer da vida. Mas pare de ficar se trancando para o mundo. Temos um milhão de sensações, experiências, conhecimentos, todos novos esperando por você.

Meu caro leitor de coração duro, se permita ser molenga que nem a autora deste texto. Eu posso sofrer muito (e eternamente zoada por isso) por ser assim, mas é graças ao meu coração bom e manteiga derretida que eu sou quem sou hoje. Se permita sofrer, perdoar, esquecer, seguir em frente e ser uma pessoa de coração mole. Se permita machucar, porque na vida a gente só aprende assim, com cicatrizes que temos orgulho de mostrar ao mundo e sem receio de como os outros vão reagir perante nossas reações. 


terça-feira, 29 de julho de 2014

Se você não se dá ao valor, quem dará?

Uma coisa que sempre gostei de fazer, é observar as pessoas. A forma como gesticulam, como falam, como agem e reagem, como pensam, como andam e, principalmente, como enfrentam seus problemas. Você deve estar pensando o que título tem a ver com a introdução, mas calma. Eu vou chegar lá.

O fato de observar o ser humano te faz aprender um pouco sobre si mesmo, atitudes que você vê te fazem pensar como você reagiria se fosse com você. E esse tipo de pensamento pode te fazer bem. Porque não queremos ser pegos de surpresa em situações inusitadas. Mas ainda não é este o ponto, wait for it.

Você pode aprender muito com a observação, com o passar dos anos, com as cicatrizes. Aprendemos muito com um monte de coisa inusitadas, mas às vezes perdemos nosso valor e esquecemos do que somos capazes. Sim, alguns de nós esquece completamente do que somos capazes.

Eu por exemplo, escrevo desde os 14, entreguei um diário a um ficante e ele leu com todo carinho e falou que eu sabia escrever bem. Meu ex namorado me disse um dia que eu tinha um dom e que demorei demais para divulgar ele. Porém não me acho boa o suficiente (e por mais que tenha recebidos vários elogios de pessoas conhecidas e desconhecidos maravilhosos) continuo não me achando boa.

O fato que quero expor é: eu perdi meu valor. Eu me perdi de mim mesma. Cada pessoa que passou em minha vida arrancou um pedaço de mim e assim eu fui me perdendo. Esquecendo de mim e colocando os outros na minha frente e sempre me deixando por último. E eu garanto a vocês: não tem nada pior do que se perder de você mesmo. Você fica sem rumo, se acha um lixo a maior parte do tempo e o pior: culpa as outras pessoas pela sua infelicidade.

Você precisa dar valor a quem você é, aos seus valores, aos seus sonhos, mostrar que seus ideais tem sim valor. Você não pode deixar uma crítica, um término, uma briga, uma acusação te por par baixo. Pelo contrário. Escute, aprenda e cresça. Use como uma arma a seu favor. Mas por favor, não se deixe afetar pelas coisas ruins, nunca coloque ninguém acima de você, porque é desse jeito que você perde o seu valor. É desse jeito que você acaba se jogando no poço e fica lá fazendo cafuné na Samara Morgan (a singela garota que te liga falando "seven days". E olha, te garanto que ela não é muito gente fina não.

A conclusão que eu gostaria de chegar junto de vocês leitores e leitoras é: não perca seu valor por ninguém. Por nada desse mundo! Ser forte é muito difícil e fraquejar às vezes é bom, te deixa mais humano e preparado para o que vier. Acredite em você, aposte suas fichas em você, ouça as críticas com o coração (pode ter certeza que elas fazem bem a você), saiba agradecer e retribuir elogios. Crie uma confiança em você mesmo.

Não tenha medo de mostrar ao mundo quem você é, nem a que veio, nem de que você não tem medo de enfrentar meio mundo para conquistar o seu lugar. Autoconfiança e se dar valor são os pontos principais para você ser feliz consigo mesmo. Além do amor próprio, claro.

Cuide de você, não se deixe afetar por pequenas coisas, pequenas ofensas, pequenas brigas, críticas. Apenas reconheça seu valor, reconheça o que você merece e então parta daí. É um pouco difícil no início, mas quando você reconhece o seu valor, o mundo também o reconhecerá. 

Boa sorte, estou torcendo para que o seu valor fale sempre mais alto que qualquer outra negatividade que venha tentar te atingir. Lembre-se: você é forte o suficiente para aguentar as piores coisas. Porque se você não reconhece o seu valor e não o demonstra para o mundo, ele não crê e você continuará recebendo cafuné da Samara Morgan.


segunda-feira, 28 de julho de 2014

11 fatos, 11 respostas e 11 blogs para conhecer

Boa noite pessoal!

Fui escolhida pela Isabela Carapinheiro do blog A Bela não A Fera para participar da tag Conhecendo a blogueira. 

Então, vamos lá.

Escrever 11 fatos sobre a blogueira.

1. Eu adoro fazer a unha sozinha. Apesar de ser uma coisa nada a ver comigo, eu gosto de aprender a fazer desenhos sozinha.
2. Posso assistir o mesmo episódio de um seriado ou desenho ou à um filme e ainda chorar.
3. Não conseguir viver sem comer pizza pelo menos uma vez na semana.
4. Eu A-M-O astronomia, astrofísica e qualquer coisa relacionada aos espaço e seus mistérios. Apesar de não ser boa em matemática e física, eu sou alucinada com isso. Tanto que meu sonho era ser astronauta e ainda vou comprar meu telescópio.
5. Adoro tirar fotos de paisagem. Posso me chamar de amadora, mas adoraria fazer da fotografia minha profissão.
6. Meu primeiro livro (de verdade) foi Uma Professora Muito Maluquinha do Ziraldo. Eu fiz uma birra gigante pro meu pai comprar ele pra mim. É daí meu fascínio por livros. Eu era a criança esquisita que tava sempre com um livro debaixo do braço e indo na biblioteca.
7. Eu choro vendo Harry Potter.
8. Até hoje eu assisto Sailor Moon e Sakura Card Captor
9. Eu gosto de psicologia e psicanálise. Boa parte disso se deve ao fato de eu ir no psicólogo desde pequena e minha mãe ser uma.
10. Eu sou romântica. Mas só na escrita. Não sei me expressar muito bem com meus atos e falar em voz alta.
11. Eu queria ser uma dessas pessoas que tem coragem de largar tudo e ir conhecer o mundo.





Responder a 11 perguntas de quem te indicou a tag.

Por que resolves-te criar um blog?
Eu criei para ter onde escrever meus textos e deixar organizados. Nunca tinha passado pela minha cabeça publicar algum deles ou divulgar o blog.

O que mais gosta de ler nos blogs?
Relatos sobre viagens, textos que inspiram mudanças, textos que são escritos com o coração.

Verão ou Inverno?
Verão

Lugar dos teus sonhos.
Munique, Alemanha.

Música preferida.
Não consigo pensar em uma só, mas já que é assim: Not Now - Blink 182

O que mais gosta em ti?
Meu cabelo

Se tivesse oportunidade de escrever em um muro, o que escreveria?
Acho que deixaria o muro para os grafiteiros, eles são melhores nessas coisas.

Qual o teu maior medo?
Perder meus pais antes que eu possa mostrar o quanto amo eles

O que não vives sem?
Meus ursinhos de pelúcia que meu pai me deu quando eu tinha 2 e 4 anos.

Colecionas alguma coisa?
Entradas de cinema

Define-te numa palavra.
Receosa


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